O paraíso é logo aqui!

Podem passar mil anos, mas nenhum Atleticano esquecerá a quarta feira dia 24 de Julho de 2013, o dia em que os sonhos e esperanças acumulados em 105 anos se tornaram realidade. O dia em que uma cidade inteira deu as mãos, vestiu preto e branco e acreditou. Acreditou no que muitos diziam ser impossível, acreditou no melhor time do Atlético de todos os tempos,  acreditou, mais do que nunca, que nós honraríamos o nome de Minas no cenário esportivo mundial.

Foto: Gabriel Castro.
Belo Horizonte inteira parou pra ver, ouvir e sentir o Galo. Enquanto assistia ao jogo em um bar eu pude ver claramente o que tinha lido tantas vezes nos livros do mestre Roberto Drummond; o Atlético que une as pessoas. Eu vi quem nem se conhecia se abraçando, vi pessoas que nunca tinham se visto compartilhando um amor tão grande que pareciam ser amigos íntimos. Vi senhores com seus radinhos em mãos explicando aos mais novos o que acontecia por ali. Vi Atleticanos envoltos em suas belas camisas oficiais, com seus lindos carros desfilando por BH e parando pra abraçar e comemorar com aqueles que não tinham nada além do amor pelo Clube Atlético Mineiro. Vi pessoas de diferentes partidos políticos de mãos dadas, vi pessoas de diferentes religiões rezando juntas, vi vigias que trabalhavam durante o jogo com um olho na partida e outro no trabalho.  Eu vi o que nosso mestre descreveu. Eu vi o paraíso que tantas vezes já tinha ouvido falar, e que cá entre nós,  é bem mais bonito pessoalmente.

Roberto Drummond nos ensinou a torcer contra o vento. E nós torcemos. Nós torcemos contra o vento durante 120 minutos. Nós torcemos tanto contra o vento que sopramos aquela bola que bateu caprichosamente no travessão, no último pênalti. Torcemos tanto contra o vento que derrubamos o atacante do Olímpia que, com o gol vazio, simplesmente escorregou e caiu. Tenho certeza que o roteiro dessa libertadores foi escrito por Ele, e que lá no céu Ele escreveu a crônica mais linda de todas, que todos nós conheceremos um dia.
Esse título também é seu, mestre! Esse paraíso é de todos nós.

*Texto dedicado ao eterno mestre Roberto Drummond, que sempre inspirou a todos nós com seu amor incondicional ao Clube Atlético Mineiro.


Um comentário

  1. Não foi uma Libertadores qualquer, não um time vencendo um campeonato e uma torcida comemorando.
    Foi um roteiro ímpar na história de todas as Libertadores, onde misturou-se show de bola e emoção pura. Com capítulos épicos e de final feliz. De tão diferenciado que foi, o Brasil se rendeu, uma grande gama de pessoas, que adoram ver espetáculo e emoção, juntaram-se à inigualável torcida do Galo e caminharam juntos com esta torcida. Poucos se atreveram a não querer gostar do que estavam vendo, com alguns pseudos-comentaristas Paulistas. Que pena, tiveram que torcer por dentro, sem poder deixar a alegria reinar em seus rostos a verem a magia pura do futebol no Escudo CAM.

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